Todo ator de talento e alguma ambição deseja coroar a carreira com personagens do porte de Hamlet ou Macbeth, criações de William Shakespeare. Ou, então, encontrar na vida real alguém movido a conflitos semelhantes, de quem possa oferecer uma encarnação definitiva. O americano Ed Harris, 50 anos, optou pela segunda alternativa quando, uma década e meia atrás, foi presenteado pelo pai com uma biografia do pintor americano Jackson Pollock (1912-1956), o papa do expressionismo abstrato e da chamada action painting. Talvez devido à incrível semelhança física, Harris tornou-se obcecado pela vida do pintor, um alcoólatra e maníaco depressivo. Conseguiu US$ 6 milhões e estrelou, dirigiu e produziu um filme tão emocionante quanto as telas feitas de respingos do artista. (I.C.)
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