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Depois de um ciclo afastado, o Brasil voltará a disputar as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018 em uma edição que promete muitos obstáculos diante do que ocorreu no Mundial de 2014. As seleções sul-americanas mostraram grande força no torneio e, embaladas pela comoção gerada em seus países, têm tudo para elevar e muito a dificuldade por uma das quatro vagas diretas.

A Conmebol ainda não oficializou como será o formato da disputa do torneio, o que deve ocorrer até o fim do ano. A Federação Peruana propôs um sistema novo, que teria início em 2016. Porém, se o formato utilizado desde a qualificação para Copa de 1998 for mantido é provável que já em setembro de 2015 o Brasil tenha compromissos pelo torneio.
 
Independente da opção, a Seleção encontrará adversários que mostraram na Copa um poder de competitividade muito grande. O Equador foi o único a não se classificar para as oitavas. Uruguai e Chile caíram em confrontos contra outros sul-americanas, assim como a Colômbia nas quartas. A Argentina chegou à decisão do Mundial.
 
Para chegar à semifinal, o Brasil teve que superar uma mini Copa América marcada por jogos equilibrados e muito quentes. Os duelos diante de chilenos e colombianos foram os campeões em faltas do Mundial e acirraram uma rivalidade que será revista nas Eliminatórias.
 
Contra o Chile, histórico freguês, a Seleção esteve muito perto da eliminação em uma bola na trave de Pinilla e só passou de fase nos pênaltis. Os colombianos ofereceram menos resistência, mas quase empataram a partida em um lance com Yepes milimetricamente impedido e pressionaram os donos da casa nos minutos finais.
 
Os confrontos diante destes dois adversários ainda deixaram marcas fora do campo que devem acirrar reencontros principalmente quando o Brasil atuar de visitante. Uma briga generalizada no intervalo das oitavas terminou em troca de socos entre o atacante Pinilla e o assessor da CBF Rodrigo Paiva e fez o Chile deixar o País esbravejando com o clima de guerra. No dia anterior a entidade brasileira se manifestou pedindo respeito aos chilenos pelas declarações de que a arbitragem preocupava.
 
O jogo contra os colombianos marcou o recorde de faltas do Mundial: 51. James Rodriguez foi caçado, mas quem se deu pior foi Neymar, que fraturou uma vértebra em joelhada de Zuñiga. O colombiano virou alvo de críticas de jogadores brasileiros como Thiago Silva, que chamou de covarde o lance.
 
A evolução na competitividade dentro da América do Sul não se limita aos times que jogaram a Copa do Mundo. A cada competição é notória que não existem mais três pontos garantidos contra nenhum adversário. Antes galinha morta, a Venezuela brigou até o final por uma vaga no Mundial e foi semifinalista da Copa América, assim como Peru e Paraguai. A Bolívia também sempre oferece perigo jogando na altitude.
 
Diante deste quadro e da ausência no último ciclo, é possível que o Brasil inicie as Eliminatórias com um time que nunca jogou uma partida do torneio. Por isso a Copa América do Chile, em junho do próximo ano, ganha importância demasiada para criar casca em um time ainda inexperiente para ambientes e de alta pressão.
 
A agenda da Seleção neste ano já inclui amistosos com dois times sul-americanos: Colômbia no dia 5 de setembro em Miami e Equador no dia 9 de setembro em Nova Jersey. Até o final do ano o Brasil ainda enfrenta a Argentina em outubro, na China, e a Turquia em novembro.


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