Morreu na terça-feira 8, em São Paulo, vítima de câncer, Plínio de Arruda Sampaio, um homem público, raro nos dias atuais: honesto tanto na ética de não participar de falcatruas quanto na de preservação de seus ideais católicos na construção de um país socialmente mais equânime. Certa vez ele disse ao signatário desta sessão de ISTOÉ: “Qualidade de vida não é tudo, o mais importante é uma vida qualificada”. Para ele essa qualificação incluía a cultura, a ética e a democracia. Sampaio estava com 83 anos de idade, 60 deles dedicados à política: integrou a Juventude Universitária Católica, depois esteve ao lado de João Goulart, exilou-se na ditadura militar e, de volta aos País, elegeu-se deputado constituinte. Ajudou a fundar o PT, mas dele desiludiu-se, candidatando-se em 2010 pelo PSOL à Presidência da República.