Testemunhas presenciais dos diálogos recentes de Dilma Rousseff sobre os problemas do futebol brasileiro confirmam que a presidenta ficou impressionada com números e dados, a começar pela quantidade de baixos salários e de atletas sem emprego. Também gostou das análises apresentadas e das sugestões oferecidas. Até elogiou algumas ideias. Mas desmentem que ela tenha se comprometido com projetos de A, B ou C para reformar o futebol brasileiro. O Planalto informa que o interlocutor do governo para futebol chama-se Aldo Rebelo, o ministro do Esporte. A noção de que a presidenta decidiu entrar no debate sobre a refundação do futebol ganhou vulto depois, claro, daquele jogo da terça-feira 8.

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Esvaziando o TCU
Parecer recente de um ministro do Supremo procura tirar do TCU a prerrogativa de ­condenar agentes públicos que ocupem cargos no Executivo. O tribunal ficaria ­limitado a emitir um parecer sobre irregularidades em contas de prefeitos, governadores e do presidente da República. A decisão deve encurtar a longa lista de fichas-sujas do tribunal.

Padrinho forte
Com apoio do ex-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará Jorge Parente, a Alusa acaba de abocanhar sem licitação contrato de R$ 23 milhões para fazer a iluminação pública da Prefeitura de Fortaleza. A Alusa teve seu nome envolvido em diferentes escândalos em São Paulo e Pernambuco.

Retrato
Nos dias que antecederam as reuniões dos Brics, a diplomacia chinesa não se limitou a informar sobre investimentos e projetos para o país. Deixou claro que faz questão de uma pausa para fotografias ao lado de Dilma Rousseff.

Recesso?
O Congresso Nacional está parado, mas o orçamento da ­Câmara dos Deputados segue escoando. No mês de junho, repleta de pontos facultativos e sem trabalhos parlamentares, a Casa empenhou R$ 3,3 milhões para pagar emissão de passagens aéreas, gastou outros R$ 27,5 mil em ­diárias e R$ 302 mil na compra de itens de alimentação.

Henrique Alves vira tucano em agosto…
O comando do PSDB está confiante de que até o fim de agosto o presidente da Câmara, Henrique Alves, acabe com a dupla militância, de quem apoia Aécio e Dilma, para anunciar oficialmente o apoio à campanha tucana. Interlocutores de Alves dizem que ele não consegue mais esconder a mágoa com Dilma, que tentou compensá-lo recentemente com a diretoria do Dnocs.

Ou não…
Monitorando cada movimento nas alianças estaduais, o Planalto acredita que Henrique Alves não deve se mexer. O argumento é de que o apoio ao senador mineiro Aécio Neves poderia ajudar o PSDB no plano federal, mas o abandono da presidenta da República, Dilma Rousseff, jogaria uma fatia dos  aliados de hoje nos braços do PT. 

Comprou briga
Ao visitar a comunidade Sol Nascente – favela de Ceilândia considerada a maior da América Latina, ganhando até mesmo da Rocinha, no Rio de Janeiro –, o presidenciável do PSB, Eduardo Campos, comprou uma briga com Agnelo Queiroz (PT), que há um mês lançou pacote de obras estruturais que vinha sendo comemorado pela população. Os moradores da Sol Nascente detestam que o local seja chamado de favela.

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Lista VIP
Órgão máximo do patronato brasileiro, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) elaborou uma lista de 100 candidatos a vários cargos eletivos, entre deputados, senadores e governadores que terão uma mãozinha financeira do setor na campanha.

Toma lá dá cá
Juan Tellategui, ator argentino que estreia no cinema brasileiro no longa “Divã 2”.

ISTOÉ – Os argentinos esperavam problemas de infraestrutura?
Tellategui – O Brasil evoluiu muito nos últimos anos. Ouvi muitas histórias de que haveria problemas na Copa, mas as coisas aconteceram de forma tranquila. Claro que houve coisas tristes, como a queda do viaduto em Belo Horizonte. Nós ficamos muito preocupados, porque a cidade serviu de base para a seleção da Argentina.

ISTOÉ – Brasileiros e argentinos aprenderam a se respeitar, apesar da rivalidade no futebol?
Tellategui – Muito dessa rivalidade é criado na mídia e alimenta preconceitos. A rivalidade esportiva não deve ser transformada em rivalidade cultural.

ISTOÉ – O que foi mais bonito de ver na Copa?
Tellategui – A diversidade nas ruas. Fiquei feliz em encontrar muitos latino-americanos e africanos nos pontos turísticos. Em São Paulo, também, foi muito divertido ouvir vários sotaques no metrô.  

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Rápidas
Nem todos os aliados de Dilma no Nordeste estão felizes de associar suas campanhas à reeleição da presidenta.

O governo está definitivamente convencido de que a lista de requerimentos para depoimentos de empresários à CPI da Petrobras transformou-se numa linha mestra da campanha financeira de 2014 – mesmo entre parlamentares aliados.

Uma semana antes de deflagrada a operação Jules Rimet, o secretário de Turismo do Rio de Janeiro, Claudio Magnavita, já alertava representantes diplomáticos da Rússia e do Catar, futuras sedes da Copa, para o risco de superfaturamento de diárias de hotéis por empresas ligadas à Fifa.

Candidato a grande puxador de votos do PT em São Paulo, o cartola corintiano Andrés Sanchez resolveu entrar no corpo a corpo eleitoral. Seus aliados começam a convocar veteranos militantes do partido para pedir votos nos bairros e entidades sindicais.  

Retrato falado
Nem os políticos passaram ilesos às brincadeiras de estrangeiros após a derrota da Seleção Brasileira de Futebol na Copa do Mundo. ­Em reunião com comitiva de parlamentares ­russos, um dia depois do jogo no Mineirão, o vice-presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), teve de responder a provocações. Embora sua própria seleção tenha caído nas eliminatórias, os russos perguntaram a Chinaglia se depois da goleada Brasil e Alemanha manterão a parceria de ações contra a espionagem na internet. 

“Se nós fôssemos misturar futebol e política, como é que nós poderíamos construir o Brics, se só o Brasil é pentacampeão?” 

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Sangue quente
Com os não tão conhecidos Rui Costa (PT) e Paulo Ganem (DEM) disputando o governo da Bahia, o eleitorado tem prestado atenção, mesmo, na briga pelo Senado. O ex-ministro da Integração Nacional Geddel Vieira Lima (PMDB) e a ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça Eliana Calmon concorrem pela única vaga ao ­Senado. Cinco candidatos disputam a cadeira que será deixada por João Durval (PDT), mas Geddel já avisou que vai mirar a artilharia em Eliana. A exemplo de Geddel, a ex-ministra é conhecida por não econo­mizar palavras para dizer o que pensa.

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