O grande mérito desta mostra reunindo 144 obras de 94 artistas nacionais e internacionais é a costura feita pela curadora Márcia Fortes. Ninguém duvida que a coleção do falecido marchand Marcantonio Vilaça – um dos fundadores da prestigiada galeria paulistana Camargo Vilaça – seja extraordinária. Acontece que Márcia editou o rico material por afinidades poéticas. Assim, o visitante descobre inusitados diálogos entre as peças exibidas a partir de cinco módulos distintos. Trata-se de um conjunto que não segue nenhum ismo. São telas, esculturas, instalações, fotos e vídeos de estilos discrepantes e ecléticos como os de Cildo Meireles, Beatriz Milhazes, Franz Weissmann, Adriana Varejão ou Miguel Rio Branco, que contribuem para fazer da exposição uma viagem pela história da arte contemporânea. (C.C.)
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