O corpo de Rose Marie Muraro, escritora e uma das principais líderes feministas do Brasil, foi cremado no domingo 22 no Rio de Janeiro – ela morreu aos 83 anos devido a um câncer na medula óssea. Rose nasceu praticamente cega, fato que jamais a fez esmorecer na luta pelos seus ideais. Publicou 35 livros, criou instituições de defesa dos direitos da mulher e enfrentou a Igreja Católica dada a sua opção pela Teologia da Libertação que nos anos 1960 e 1970 se opunha ao clero mais conservador e combatia a ditadura militar no Brasil. Quando foi demitida da editora católica Vozes, escreveu em 2002 em parceria com frei Leonardo Boff o livro “Masculino/Feminino”, marco no estudo da sexualidade. “Ela foi uma mulher notável, determinada em tudo, na luta contra a barreira da cegueira e na luta pelas suas ideias”, declarou a presidenta Dilma Rousseff.