Memória e sabedoria

Mais um mito comprovado pela ciência. Estudos feitos por ingleses e quenianos com os elefantes da reserva africana de Amboseli indicam que a memória auditiva das fêmeas é vital para a sobrevivência dos bandos. As matriarcas confiam nos ouvidos para distinguir quais das 25 famílias com que trombam durante o ano são rivais e quais são aliadas. Os pesquisadores gravaram o som emitido pelas elefantas e tocaram em alto-falantes pendurados num carro que circulou entre os bichos. Cientistas demonstraram que a experiência acumulada pelos animais mais velhos é fundamental para a perpetuação da espécie. Uma curiosidade: as fêmeas não confiam tanto assim no olfato.

Maçã do amor
É a primeira evidência científica da superioridade do alimento orgânico. Entre 1994 e 1999, pesquisadores da universidade de Washington, nos EUA, compararam safras de maçãs cultivadas de três formas distintas. As frutas sem agrotóxicos e com controle biológico de pragas foram as mais doces, menos ácidas e se mostraram eficientes nos quesitos produtividade e preservação ambiental. O resultado foi publicado na revista britânica Nature.

 


Berço de pedra

Além de belas paisagens, a cidade de Bonito, no Mato Grosso do Sul, abriga uma espécie de flor que não se via há 185 anos. Descoberta no Paraguai em 1815, a Dimerostemma annuum é da família das margaridas e dos girassóis. Foi flagrada pela câmera de um biólogo da equipe que estudava plantas aquáticas na região. A rara margarida alcança um metro de altura e brota na seca, por entre as pedras de calcário de uma lagoa temporária. Nos meses de enchente, ela some debaixo das águas turvas da chuva.


Grampo digital
Relatório do Senado descobriu que 64 sites do governo
americano, entre eles o endereço da Nasa, violam a privacidade
da população que visita suas páginas. Isso apesar de o governo Clinton ter proibido o uso dos “cookies”, pequenos softwares que facilitam a navegação, em troca de recolher dados dos visitantes
e espionar seus hábitos na rede.


 

Mir-2: a missão
Depois da queda da estação orbital Mir, os russos preparam uma volta honrosa. O vice-primeiro-ministro russo revelou em entrevista a uma agência de notícias de Moscou o plano de lançar uma segunda estação em 2002. O problema é angariar sócios para ratear o custo de US$ 400 milhões.

Fura-nuvens
A agência espacial americana Nasa mostrou na semana passada o Hyper-X (foto), jato que deve alcançar Mach 7, sete vezes a velocidade do som, cerca de 8.000 km/h. O avião usa hidrogênio como combustível e aproveita o ar da atmosfera para impulsionar seus motores scramjet. Estão previstos para breve três vôos no deserto da Califórnia em direção ao Oceano Pacífico. Dois deles a Mach 7, e um a Mach 10, dez vezes a velocidade do som, ou quase 11.000 km/h. Os motores hipersônicos podem levar uma aeronave a fazer o trajeto Londres–Nova York em 40 minutos.