Casal proeminente da sociedade de Brasília aparece morto no quarto. Duas hipóteses são apressadamente levantadas. Primeiro, assassinato seguido de suicídio. Depois, a culpa recai sobre Maurinho (André Gonçalves, em sua estréia no cinema), o filho rebelde. Qualquer semelhança com o famoso crime da rua Cuba, ocorrido em dezembro de 1988, em São Paulo, é mera coincidência. O filme não assume a inspiração com o que se tornou um clássico na crônica policial brasileira, até porque consegue avançar na comparação. Seu trunfo é expor com coragem o sórdido jogo de corrupção que infecta o poder no País. No entanto, se a trama é interessante, a realização poderia ser mais caprichada. Sobram situações-clichês no conflito entre pai e filho por causa da namorada Ângela (Mylla Christie) – uma alpinista social – e diálogos e personagens secundários que poderiam ser eliminados. (C.F.) Vá se tiver tempo