Amparo Maternal, entidade filantrópica que há 61 anos cuida de grávidas carentes em São Paulo, vai poder respirar aliviado durante quatro meses. A informação é do administrador financeiro da instituição, Emílio Ferranda. O governo estadual liberou R$ 300 mil para cobrir as despesas da casa e se comprometeu a depositar o mesmo valor no mês que vem. “Com a primeira parcela, estamos pagando as dívidas de abril com os fornecedores de remédios”, disse Ferranda. A situação caótica da entidade, que estava prestes a fechar as portas por falta de recursos, foi denunciada por ISTOÉ na edição 1645. “A reportagem desencadeou o interesse de outros veículos fazerem o mesmo e isso só ajudou”, disse Ferranda. Na segunda-feira 16, ele foi chamado na Secretaria de Saúde para adiantar a papelada para receber mais R$ 600 mil do governo federal. “Esta verba irá cobrir as despesas de junho e julho”, afirmou o administrador.

O Amparo tem uma despesa mensal de R$ 700 mil e uma dívida de R$ 2,5 milhões com os fornecedores. A casa que sempre teve o apoio de dom Paulo Evaristo Arns oferece às mães e aos seus bebês assistência médica, alimentos, moradia, cursos profissionalizantes e reintegração social. Lá nascem 900 crianças por mês. A menor Talita, 16 anos, ficou sozinha em uma pensão da Estação da Luz depois que a mãe, viciada em crack, foi presa há um ano e três meses. A menina engravidou e foi para a instituição porque não tinha como pagar o aluguel. “Quando minha mãe foi presa, perdi o rumo. A diretora da minha ex-escola é que me encaminhou pra cá, onde tive minha filha, Carolina”, contou a moça. Os interessados em colaborar podem fazer doações nas seguintes contas: Banespa 011-13.02427-9 e Bradesco 128-7 48.000-2.