O mercado internacional de modelos nunca esteve tão a favor das brasileiras. E não é só por causa do fenômeno Gisele Bündchen. A cada temporada, aumenta o número de bookers de agências dos Estados Unidos e da Europa que vêm ao Brasil à caça de novos talentos. Com isso, beldades como Isabelle Fontana, Caroline Ribeiro e Ana Hickmann ganham status de supermodels e faturam de R$ 5 mil a R$ 15 mil por desfile nas passarelas do Exterior.

Em lugar de mulheres com rosto de estátua grega e muito altas, o que se pede hoje são modelos de carisma e que sejam capazes de interpretar. Meninas com pernas longilíneas, tornozelos finos, pescoço alongado e um quadril de 90cm já podem sonhar com desfiles. Se, além disso, forem donas de um rosto anguloso ou olhos levemente puxados, tiram a sorte grande. A gaúcha Ana Hickmann, estrela da Wella Internacional, não pisa numa passarela nacional por menos de R$ 1 mil. Lá fora, recebe 15 vezes mais. Quem segue a mesma trilha são as novatas Ana Claudia Michels e Isabelle Fontana, que ganharam R$ 100 mil para posar para o catálogo da M.Officer.

Entre os rapazes, saem na frente os que tiverem belezas diferentes, como as dos modelos-galãs Paulo Zulu e Juan Alba. E nem é preciso ter silhueta de Apolo: com 1,82m, olhos azuis e cabelos castanhos, Reneé Castrucci, descoberto num shopping do Guarujá, no litoral de São Paulo, é o novo rosto da maison francesa Lanvin, que já teve como estilista o brasileiro Ocimar Versolato.

“O Brasil virou o maior exportador de modelos do mundo”, diz Marcos Pantera, sócio da agência Mega. “Temos ruivas, louras, morenas, orientais que se diferenciam pelo carisma.”

Até o milionário americano Donald Trump se interessou por esse celeiro. Dono de uma autoproclamada fortuna de US$ 3,7 bilhões, há um ano ele contratou os principais bookers da Elite de Nova York e inaugurou sua própria agência, a T Management. Para fazê-la decolar, há duas semanas enviou ao Brasil sua vice-presidente, Corinne Nicolas, com a missão de encontrar supermodels em potencial.

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A empresa Models’ Promoter, de São Paulo, selecionou 30 meninas para Corinne analisar. A paulistana Vivien Vilela, 16 anos, 1,75m, foi uma das escolhidas por ela. A menina usa aparelho ortodôntico e é tímida, mas agradou pelo seu “look inocente”. Outra contratada, a paranaense Paula Hensel, 13 anos, irá iniciar a carreira nas passarelas de Nova York pelo conjunto harmonioso: 1,73m, 53 quilos, olhos azuis, cabelos ruivos e sardas. Já Mariana Falaschi, 14 anos, 1,80m, 90 cm de quadril e 56 quilos, foi eleita pelo seu belo rosto “em forma de coração”. Para Corinne, da T Management, todas são muito sexies e têm um estilo natural e apaixonante. “É como se seus corpos pudessem cantar.”


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