Nicolas Sarkozy concedeu na terça-feira 8 a sua primeira entrevista coletiva como presidente da França (assumiu o cargo em maio de 2007). As perguntas dos repórteres transitaram da situação econômica do país ao seu namoro e agendado casamento com a ex-modelo e cantora Carla Bruni (dia 9 do mês que vem). Sarkozy agüentou firme: "Eu e Carla não precisamos esconder nada, nosso relacionamento é sério". Ao dizer "nosso", o presidente falou pelos dois. Nos tempos em que Carla falava por si mesma e já estrelava na mídia muito mais e muito antes que o namoradopresidente, ela certa vez declarou: "Sou monogâmica de tempos em tempos, mas prefiro a poligamia ou a poliandria". Detalhe: poligamia pode envolver traição, o marido não saber que sua esposa tem amante ou o amante não saber que ela é casada. Na poliandria, todo mundo sabe de tudo, há um acordo para que uma mulher se case ao mesmo tempo com diversos homens. Quanto à economia, o presidente disse que a população está "impaciente". A sua popularidade caiu de 63% para 48% em oito meses. Ele prometeu derrubar a lei que limita o trabalho a 35 horas semanais.

O PRIMEIRO-SOGRO
O empresário italiano Maurizio Remmert é pai de Carla Bruni. Na juventude, quando ainda morava na Itália, teve um caso de seis anos com Marisa Bruni, então casada com Alberto Bruni Tedeschi. Marisa engravidou, Carla nasceu e foi registrada por Tedeschi. Pouco antes de ele morrer (1996), Carla soube que seu verdadeiro pai é Maurizio – que mora hoje em São Paulo e a quem ela visitou algumas vezes. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, ele lamentou ter perdido o anonimato e se queixou "do assédio desleal da imprensa sensacionalista".

SARKOZY E O BRASIL
Como presidente da França, país que tem assento cativo no Conselho de Segurança da ONU, Nicolas Sarkozy defende (assim como seu antecessor Jacques Chirac) o ingresso do Brasil nesse conselho. Defende também a sua ampliação com a entrada da Alemanha, Japão, Índia e África do Sul.