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O ministro Teori Zavascki do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou nesta segunda-feira, 19, a liberdade imediata de todos os presos na Operação Lava-Jato da Polícia Federal. O magistrado também pediu, em decisão liminar, que a Justiça Federal do Paraná envie ao Supremo todos os inquéritos e processos relativos à operação. Entre os beneficiados com a decisão de Zavascki estão o doleiro Alberto Yousseff e o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, que agora terão seus passaportes retidos e também não podem se ausentar das cidades onde moram.

A decisão de Zavascki foi motivada por um pedido feito pela defesa de Costa, epreso em março por suspeita de interferir nas investigações de um esquema de pagamento de propina em troca do favorecimento a empresas em contrato para a construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

Segundo os advogados de Costa, em razão do envolvimento de pelo menos dois deputados federais, André Vargas (sem partido-PR) e Luiz Argôlo (SDD-BA), a investigação deve ser conduzida pelo STF, e não pela Justiça Federal.

Costa, que estava preso na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba, foi solto na tarde de desta segunda-feira.

Apesar de ter concedido a liberdade aos suspeitos de envolvimento no esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, Teori Zavascki proibiu que eles deixem as comarcas onde residem. O ministro também determinou que todos os presos entreguem seus passaportes em 24 horas.