Um dos mais recentes avanços contra a dor nas costas é ministrar injeções de células-tronco para tratar lesões nos discos intervertebrais – estruturas que funcionam como amortecedores durante o movimento, garantem a flexibilidade e impedem a fricção entre as vértebras. Até agora, os tratamentos para aliviar a dor que provém da degeneração dos discos são medicamentos, fisioterapia e cirurgia.

A lógica por trás do uso das células-tronco reside no fato de que essas estruturas dão origem a diversas células. Uma vez injetadas no local das lesões, o que se espera é que formem um novo tecido, regenerando a região. Os primeiros testes sobre a hipótese foram realizados na Clínica Mayo (EUA), com cobaias. As células-tronco foram extraídas da gordura abdominal e injetadas nos pontos das lesões. O que se viu foi uma melhora de 26% na altura dos discos e um aumento na quantidade da substância gelatinosa contida em seu interior.

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O método agora está sendo testado em 100 voluntários, em três hospitais americanos. No Centro Intervencionista da Dor da Universidade de Columbia (EUA), por exemplo, os pesquisadores estão avaliando o desempenho das células-tronco tiradas da medula óssea. “Os resultados de nossa análise são encorajadores”, disse Donald J. Meyer, principal autor do estudo. Ele e sua equipe selecionaram 22 pacientes com dores havia quatro anos provocadas por alterações nos discos. Até 24 meses após a terapia, os participantes relataram desde alívio completo da dor até nenhuma melhora, e não houve agravamento. Todos que se sentiram aliviados diminuíram o uso de remédios.

Mais estudos são necessários para determinar por que a terapia é bem-sucedida para alguns e não dá resultados para outros. Na Europa, cientistas britânicos também fazem experimentos com células-tronco tiradas da medula óssea. “Nosso alvo é determinar a fonte mais adequada de células-tronco para reparar os discos intervertebrais”, informa Jane Tadman, porta-voz do Arthritis Research Uk, entidade voltada ao estudo da artrite.

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