Um protesto organizado nesta quinta-feira em São Paulo contra a organização da Copa do Mundo terminou em confrontos entre a polícia e alguns dos manifestantes que depredaram várias lojas e mobiliário urbano.

Sob o lema "Copa sem povo: tô na rua de novo", a manifestação, que reuniu mais de mil pessoas, começou de forma pacífica na Avenida Paulista, mas, horas mais tarde, começaram os momentos de tensão.

Um grupo de pessoas, vestidas de preto e cobertas com máscaras, saiu do percurso da manifestação e enfrentou a polícia, que reagiu lançando bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha.

Posteriormente, esse grupo quebrou o vidro de uma concessionária e destruiu vários dos carros que se encontravam no interior da loja.

Apesar da intensa presença policial, os manifestantes mais exaltados montaram várias barricadas, incendiaram lixeiras e obrigaram vários ônibus cheios de passageiros a parar.

Segundo a Agência Efe constatou no local, várias pessoas foram detidas, mas o número exato ainda não foi informado.

O protesto de São Paulo faz parte da jornada de protestos contra a Copa convocados em diferentes cidades do país para queixar-se das excessivas despesas do torneio.

Além da passeata desta tarde, ao longo do dia aconteceram cerca de uma dezena de manifestações convocadas por diferentes movimentos sociais e coletivos em defesa de diversas reivindicações sociais, mas com a rejeição ao Mundial como cenário de fundo.

Em uma manifestação de professores municipais, que bloqueou importantes avenidas de São Paulo, alguns dos participantes levavam cartazes nos quais se podia ler "Invista em Educação Padrão Fifa".