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A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira, ao visitar obras do projeto de integração do rio São Francisco na Paraíba, que é possível planejar e investir para impedir a escassez de água, problema enfrentado pelo Estado de São Paulo, governado pelo PSDB, partido de seu principal adversário na disputa eleitoral deste ano, o senador Aécio Neves.

"O governo federal, junto com a região toda, os governadores dessa região, prefeitos e lideranças, nós planejamos, estamos investindo para garantir que não seja uma surpresa para nós a falta de água, porque você pode planejar e impedir (a falta de água)", disse Dilma a repórteres durante visita ao túnel Cuncas 2, em São José das Piranhas (PB). "Em São Paulo, não temos obra como a barragem do Jati para minimizar a seca", afirmou, durante saudação aos trabalhadores do Projeto de Integração do Rio São Francisco, em Jati, no Ceará.
 
Segundo a presidente, o projeto de integração mostra que houve planejamento do Nordeste para conviver com a seca. "Vocês estão fazendo uma obra que mostra que houve aqui planejamento, que houve previsão, que houve esforço da sociedade, aqui todo mundo está consciente que a água é fundamental. Ninguém aqui vai ser surpreendido pela seca", disse. "Lá (em São Paulo) não tem uma obra dessa proporção para garantir a segurança hídrica", reforçou.
 
Dilma afirmou ainda que no passado ninguém falava em investir em uma obra que iria mudar a situação no Nordeste. "Antes as pessoas que passavam por aqui, por essa região eram retirantes que iam para o Sudeste e Sul em busca de melhores oportunidades", disse. Segundo a presidente, com o projeto de integração, além da água para a região, a obra "traz os nordestinos que saíram daqui de volta para suas terras". Segundo o governo, o projeto representará a garantia de água para mais de 12 milhões de pessoas.
 
A presidente destacou a importância dos programas assistencialistas do governo, como o Bolsa-Estiagem e o Seguro garantia Safra, para minimizar o impacto da seca na região. "Mexemos lá na raiz garantindo que as pessoas enfrentassem a seca", disse, ressaltando que o projeto prevê uma segurança hídrica até 2046.
 
Como costuma fazer em eventos públicos, Dilma voltou a exaltar a ascensão de 42 milhões de pessoas à classe média e a retirada de 36 milhões de pessoas da pobreza extrema. "Hoje não temos arrocho salarial; salário mínimo é sempre corrigido e valorizado", citou, como mais um ganho do governo.
 
Dilma fez um breve discurso após visitar a barragem do reservatório de Jati. Ela estava acompanhada do governador do Ceará, Cid Gomes (Pros), e de outras autoridades. Mais cedo, Dilma visitou Túnel Cuncas II, em São José de Piranhas (PB). Ainda hoje, a presidente visita as obras da Estação de Bombeamento EBI-1, em Cabrobó (PE).
 
A previsão é que Dilma retorne no fim do dia para Brasília, onde deve participar da cerimônia de posse do ministro Dias Toffoli no cargo de presidente do Tribunal Superior Eleitoral, às 19h.