“Sim, vai e diz, diz assim, que eu chorei, que eu morri de arrependimento, que o meu desalento já não tem mais fim”. Foi Chico Buarque quem escreveu os versos acima, mas eles transmitem bem o sentimento da americana Monica Lewinsky, do francês François Hollande e da tailandesa Yingluck Shinawatra. Na semana passada, todos vieram a público demonstrar os motivos de suas lamentações. Monica, a ex-estagiária da Casa Branca e escritora, quebrou os dez anos de silêncio e, em depoimento à revista “Vanity Fair”, declarou estar profundamente arrependida de seu envolvimento com o presidente Bill Clinton em 1998. O presidente francês, François Hollande, o mais impopular do país em décadas, assumiu que se arrepende de “algumas coisas” e compreende as dúvidas dos eleitores em relação a seu governo. Já a primeira-ministra da Tailândia, Yingluck Shinawatra, arrependeu-se por colocar um parente em um alto cargo do governo – foi destituída por abuso de poder.