“Eu capturei suas meninas, Alá diz que devo vendê-las, elas são propriedades dele e seguirei suas instruções.” Foi assim que o líder do grupo extremista islâmico Boko Haram reivindicou em vídeo a autoria do sequestro de mais de 200 estudantes de Chibok, na Nigéria. Elas foram capturadas do colégio em que estudavam há 3 semanas, mas somente depois de revelada a autoria do crime e da fuga de uma delas é que uma reação do governo nigeriano se tornou clamor internacional. Milhares de nigerianos foram às ruas protestar contra as autoridades e, pela internet, outros milhares engrossaram o coro na campanha #BringBackOurGirls. Até a primeira-dama dos EUA manifestou-se. EUA, Reino Unido, China e França ofereceram assistência ao presidente Goodluck Jonathan. Nenhuma ação, porém, trouxe resultados. Pelo contrário, enquanto o governo nigeriano expõe sua fraqueza, os extremistas mostram sua força: na segunda-feira 5 executaram um novo atentado em um vilarejo, deixando mortas mais de 300 pessoas.