Deu-se na quinta-feira o último ato do mais longo julgamento da história do STF – o julgamento da Ação Penal 470, conhecida como “mensalão”. Foi a 69ª sessão do processo e nela ocorreu a segunda derrota do presidente da corte, o ministro Joaquim Barbosa, que desde o início empenhou-se para que os réus fossem condenados em todas as denúncias. Com uma nova composição a partir da entrada dos ministros Teori Zavascki e Luís Roberto Barroso, o STF já havia absolvido da acusação de formação de quadrilha o ex-ministro José Dirceu, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o ex-presidente do PT José Genoino. Foi a primeira derrota de Barbosa. Na semana passada a corte inocentou do crime de lavagem de dinheiro o ex-deputado João Paulo Cunha. Ele fica, assim, somente com a pena de seis anos e quatro meses por corrupção e peculato (regime semiaberto). Na mesma sessão o STF absolveu João Cláudio Genu, que saiu completamente livre. Lavagem de dinheiro era a única acusação que restava contra ele.