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Há 50 anos, quando o Brasil assistia ao golpe militar em 31 de março de 1964, Brigitte Bardot, imagine só, perambulava por Búzios (RJ). A seis meses de completar 80 anos, em setembro, e cinco décadas depois de transformar Búzios (RJ) na St. Tropez brasileira dos 60’s, Bardot ganha homenagens no Brasil. Búzios organiza uma exposição com publicações da época e retratos do fotógrafo francês Denis Albanese, 82 anos, que vive no Rio. Aos 24, ele foi autorizado por Bardot a fazer 84 fotos suas na região, onde viveu por quase quatro meses com o marroquino-brasileiro Bob Zagury (foto).

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“Ela chegou dia 7 de janeiro e foi embora em 28 de abril. Depois voltou em dezembro e partiu em 12 de janeiro de 1965. Era um momento efervescente no Brasil. Em pleno golpe militar, Brigitte estava aqui, deslocando o foco de atenção para Búzios”, diz o idealizador do projeto, José Wilson Barbosa, que preside a Associação Cultural Memorial Brigitte Bardot. Barbosa guarda 18 matérias do “Jornal do Brasil”, 22 de “O Globo”, 15 revistas “Manchete”, 12 revistas “Cruzeiro” e 8 “Fatos & Fotos”, entre outros registros. O evento, previsto para fim de abril, também fará uma surpresa ao fotógrafo, que a coluna antecipa: Albenese receberá o título de cidadão honorário de Búzios.

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Em São Paulo, o Festival Internacional de Documentários “É tudo Verdade” também festeja Bardot. Exibirá o filme “Bardot, La Méprise” (Bardot – a desprezada), de David Teboul, em 7 e 8 de abril. “Quanto mais sabemos sobre BB, maior parece o mistério do fascínio que há tanto tempo ela desperta”, diz o organizador Amir Labaki. “O filme é uma sacada. Vai muito além dos retratos convencionais de estrelas e famosos. O acesso inédito que Bardot propiciou a ele ao seu acervo audiovisual nos permite acompanhá-la do berço à imortalidade como musa cinematográfica.” Bardot não concedeu novas entrevistas, o que forçou Teboul a buscar uma estratégia narrativa para radiografá-la. “Isso conferiu ao documentário maior originalidade formal e forte pegada ensaística”, completa Labaki. Bardot vive reclusa em Paris.

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Balas

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Na frente da praia de Ipanema, um grupo de amigos empresários brasileiros degustou uma preciosidade na sexta-feira 14: uma garrafa do vinho alemão Rüdesheirmer Apostelwein, de 1727. No Fasano Al Mare. 


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