Do primeiro filme que fez, quando tinha apenas 13 anos, ao último, já aos 91, uma característica acompanhou o cineasta francês Alain Resnais por toda a sua vida: o poder de surpreender quem quer que sente na poltrona para assistir suas histórias. Pelo conteúdo ou pela técnica, a experiência costuma ser única. Foi assim, sobretudo, em “O Ano Passado em Marienbad”, quando o espectador mal conseguia definir o começo, o meio ou o fim do filme. Não é à toa que nos anos 1960 Resnais integrou o movimento que renovou o cinema francês ao lado de diretores como Jean-Luc Godard, Jacques Rivette e François Truffaut. Em sua trajetória produziu quase 50 filmes, entre eles “Hiroshima, Meu Amor”, de 1959, e o último, “Amar, Beber e Cantar”, de 2014, com o qual conquistou o Alfred Bauer, prêmio concedido para inovação artística no Festival de Berlim. O cineasta morreu em Paris no sábado 1º, aos 91 anos. 


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias