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O corpo do cinegrafista Santiago Andrade, morto após ser atingido por um rojão durante um protesto na última quinta-feira é velado na manhã de hoje no Memorial do Carmo, no Caju, Rio de Janeiro. O caixão está coberto com a bandeira do Flamengo, time de coração de Santi, como ele era conhecido entre os amigos.

Os profissionais da Band estão todos com camisetas estampadas na frente com a imagem do cinegrafista e, atrás, a frase: "poderia ter sido qualquer um de nós".

O repórter Alexandre Tortoriello, da mesma emissora de Santiago, relembrou como foi ter que anunciar, ao vivo, a notícia da morte do colega e amigo. "O momento mais difícil que eu tive na minha carreira foi anunciar ao vivo a morte do Santiago. Eu achei que não fosse conseguir, perdi força. Na hora, a voz embargou, quase não saiu, mas é a profissão que a gente escolheu, é o compromisso que a gente assumiu com quem está lá do outro lado” disse.Segundo Tortoriello, Santiago pode ser definido como “uma pessoa única, incrível”. “Acho que a gente está aqui para prestar esse testemunho. O mundo ficou pior sem o Santiago’, completou.

Por volta das 8h30, a mulher do cinegrafista, Arlita Andrade, chegou ao velório acompanhada pela filha Vanessa. A companheira de Santiago vestia uma camisa do Flamengo com a seguinte “Santiago, sempre te amarei”.

A cremação do corpo de Santiago está marcada para as 11h desta quinta, e será reservada à família. Os órgãos do cinegrafista foram doados. A família informou que esse era o desejo dele.

Santiago foi atingido na cabeça por um rojão durante a cobertura de um protesto contra o aumento das passagens de ônibus no Centro do Rio de Janeiro, no dia 6 de fevereiro. Além dele, outras seis pessoas ficaram feridas na mesma manifestação.