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O motorista da carreta que atingiu uma passarela na Linha Amarela, zona norte do Rio, na terça-feira, deixando cinco mortos e três feridos, admitiu nesta quarta-feira em depoimento à polícia que estava falando no celular no momento do acidente. Segundo o delegado Fábio Asty, da 44ª DP, responsável pelo caso, Luis Fernando da Costa, 33 anos, disse que conversava com um amigo no momento do impacto e não percebeu que a caçamba estava içada.

Para o delegado, a hipótese mais provável é a de falha mecânica – o motorista informou que a caixa de marcha do caminhão foi reparada na semana anterior e, segundo Asty, o içamento da caçamba com o veículo em movimento poderia provocar uma falha grave na carreta.

Após ser informado da gravidade do acidente, Costa teria reagido com surpresa e pesar. "Ele disse que falava ao telefone, as investigações apontam para um caso de negligência", afirmou o delegado.

Se confirmada a culpa, ele responderá por cinco homicídios culposos e três lesões corporais culposas – o quarto ferido é o próprio motorista -, quando não há a intenção de matar ou ferir. Costa segue internado em um hospital particular em Duque de Caxias, na região metropolitana do Rio. O telefone do motorista também será periciado para confirmar a versão relatada à polícia que deve ouvir ainda o mecânico responsável pelo conserto da carreta.

Imagens divulgadas pelo Centro de Operações Rio mostram que a carreta se chocou com a passarela, que tem cerca de 4,5 metros de altura, porque estava com a caçamba levantada no momento do acidente, derrubando, assim, a estrutura de metal. O acidente ocorreu entre os acessos 4 e 5 da Linha Amarela, em Pilares, e interrompeu o trânsito da Linha Amarela, uma das principais vias de acesso ao centro do Rio, até o fim da tarde de terça-feira.