A fotógrafa alemã Grete Stern fez do sonho a sua obra de arte – e agora boa parte dela pode ser vista pela primeira vez no Museu da Imagem e do Som, no Rio de Janeiro. Fugindo do nazismo, Grete refugiou-se na Argentina em 1936. Passou a assinar na revista “Idilio” uma seção intitulada “A psicanálise vai ajudá-la”, feita a partir de relatos de sonhos que as leitoras enviavam por cartas e que eram interpretados por especialistas. Grete transformava esse material em fotomontagens. “A representação do sonho mostra a narrativa do sonhador ou a interpretação feita pelo ouvinte? Grete Stern chegou perto dessa complexidade”, diz o psicanalista