Gritos de comemoração tomaram conta do centro de operações da Agência Espacial Europeia (ESA) em Darmstadt, na Alemanha, na última segunda-feira 20, quando uma pequena linha verde vibrou sobre uma tela eletrônica de fundo preto. Era o sinal de que uma das missões mais ousadas da história da exploração espacial poderia seguir em frente. A sonda Rosetta, que nos últimos dois anos e meio havia estado adormecida no espaço profundo para poupar energia, acordou. Sua missão é interceptar o cometa 67P/Churyumov–Gerasimenko, um aglomerado de rocha e gelo com 3 km de largura por 4 km de comprimento, e lançar um módulo de aterrissagem para pousar no corpo celeste, que viaja a 40.000 km/h (confira infográfico). É a primeira vez que uma manobra desse tipo será tentada.

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CELEBRAÇÃO
Cientistas europeus vibram ao receber sinal da sonda Rosetta:
a missão agora é pousar num cometa

Ao analisar a superfície e os gases ao redor do 67P, os cientistas esperam compreender melhor o processo de formação dos planetas, o aparecimento de água e o surgimento de vida na Terra. Cometas são resquícios do nascimento do universo e permaneceram praticamente inalterados nos últimos 4,5 bilhões de anos. A missão Rosetta foi lançada em 2004 e, durante dez anos, deu grandes voltas na Terra e em Marte para ganhar velocidade e finalmente chegar ao seu objetivo. “Agora, teremos alguns meses agitados enquanto preparamos a nave e seus instrumentos”, diz Andrea Accomazzo, gestora de operações da Rosetta. A previsão é de que a sonda comece a orbitar o cometa em agosto. O módulo de aterrissagem deverá ser lançado no dia 11 de novembro.

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Foto: Jürgen Mai

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