O assassinato da ex-miss Venezuela Mónica Spear Mootz, na segunda-feira 6, seria apenas mais um número na estatística criminal de um dos mais violentos países da face da Terra – estima-se que ocorram 79 assassinatos por 100 mil habitantes. Mas a sua juventude (29 anos), beleza e fama colaram na morte o símbolo da luta contra a violência. Como ocorre em diversos países latino-americanos, quando a desgraça vem todo mundo tem fórmulas prontas para diminuir a criminalidade. Após o latrocínio, dois arqui-inimigos deram-se as mãos: o presidente Nicolás Maduro e seu opositor Henrique Capriles. Juraram extirpar a violência. Se o crime for acabar da mesma forma como veio a felicidade apenas porque Maduro criou um ministério com esse nome, é melhor os venezuelanos entregarem já a alma a Deus.