O justificado medo de morrer de uma menina de 10 anos e o voluntarioso destemor diante da morte de um garoto cinco anos mais velho provaram a muita gente grande que seus países e a própria humanidade podem ser melhores. Na segunda-feira 6, cada um deles a seu modo, colaborou decisivamente para que atentados suicidas promovidos no Afeganistão e no Paquistão comecem a ser desativados. A menina, identificada como Spozhmai, não cedeu às ordens de seu irmão que integra a organização terrorista Taleban e recusou-se a se fazer explodir com um colete forrado de bombas num atentado na província afegã de Helmand – para isso, fugiu de casa e agora pede abrigo ao governo de seu país. Já o menino Aitzaz Hassan, ao chegar atrasado à escola na cidade paquistanesa de Hangu, percebeu que um homem-bomba iria ingressar no colégio. Imediatamente ele se jogou contra o terrorista radical sunita – salvou os alunos e foi o homem quem se despedaçou. Lamentavelmente, o garoto Aitzaz morreu na explosão.