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O frio intenso que atinge diversas regiões dos Estados Unidos já causou a morte de pelo menos 21 pessoas desde o último domingo, de acordo com as autoridades. Entre os óbitos, foram registrados vários entre moradores de rua que recusaram abrigos ou não conseguiram encontrar locais mais quentes para se proteger, de acordo com a agência AP. Acidentes de trânsito também contribuíram para o aumento de mortes relacionadas ao frio.

Em um fenômeno que os meteorologistas afirmar não ser tão incomum, todos os 50 Estados americanos registraram baixas temperaturas nessa terça-feira, inclusive os localizados mais ao sul ou na costa oeste, normalmente ensolarada, como o Havaí – os termômetros marcaram -7,7ºC no topo do vulcão inativo Mauna Kea.

Nessa terça, escolas foram fechadas, serviços de transporte foram interrompidos e muitos passageiros ficaram presos em estações. Com os mais de 2 mil voos cancelados nessa terça, já passa de 11 mil o total nos últimos quatro dias.

Muitas regiões da costa leste do país enfrentaram nessa terça-feira seu dia mais gelado em quatro décadas, com uma queda histórica das temperaturas, o que aliado ao intenso vento, provocou uma sensação térmica de até -50ºC em alguns pontos.

A intensa onda de frio, provocada por um "vórtice polar", atingirá seu auge entre a noite de terça-feira e esta quarta-feira, dia em que as temperaturas recuperarão os níveis normais desta época, até subir mais do que o habitual para janeiro durante o fim de semana.

O "vórtice polar", a expressão mais escutada nos Estados Unidos nos últimos dias, é um ciclone de ar extremamente frio situado normalmente no norte do Canadá, mas que nestes dias se deslocou para o sul acompanhado de fortes rajadas de vento. O fenômeno ligou o alarme no nordeste e meio-oeste do país.