A queda de placas publicitárias sobre a pista de Interlagos foi a parte mais visível da sequência de trapalhadas ocorridas nos três dias do GP Brasil de F-1. Grande parte das 65 mil pessoas que desembolsaram mais que um salário mínimo para entrar (o ingresso mais barato custou R$ 165) ganhou um péssimo serviço. ISTOÉ recebeu dezenas de reclamações de torcedores indignados. Filas quilométricas, poucas lanchonetes, falta de bebedouros e de lixeiras foram as queixas mais frequentes. “Havia poucas catracas e ficamos espantados com o lixo”, conta Tiago Ribeiro, que foi ao setor A (R$ 170 o ingresso) com o irmão Dario, o tio Rui Chaves e o primo Rodrigo. Num GP em que aconteceu de tudo, até o troféu, entregue por Pelé, foi esquecido por Michael Schumacher atrás do pódio. Tamas Rohonyi, organizador do GP, disse que sugestões como bebedouros e aumento do número de lanchonetes serão consideradas. Isso se houver uma próxima chance. Rohonyi foi convocado pela FIA, o órgão máximo do automobilismo, para se explicar em Paris, na quinta-feira 6. As sanções podem variar da advertência ao cancelamento do GP Brasil 2001.