No Rio, o verão do topless também é o da popozuda. A preferência nacional passou a ser chamada de popozão nos bailes funk e a expressão logo chegou às ruas. Nos dois últimos CDs do Furacão 2000, que organiza bailes e empresaria funkeiros, cinco músicas fazem menção ao popozão ou às popozudas, com títulos que vão de Que popozão a Loira popozuda. A que está fazendo mais sucesso é Melô do popozão. A Melô é o hit do verão. O funk já ganhou até uma versão tecno, com a assinatura do SDBoys, chamada Popotecno. Estourou. Segundo Roque Bolado, autor da primeira versão, a expressão foi cunhada em pleno estúdio, quando brincava com amigos falando do popô das meninas. “Nos bailes, quando toca, todo mundo faz a dança da bundinha. O legal é que velhinhos e crianças também estão falando”, conta.
Mas não é só no mundo funkeiro que a popozuda está em alta. A maior responsável pela divulgação do termo foi a apresentadora Xuxa. Em recente entrevista, a rainha dos baixinhos se queixava dos jornalistas que sentavam os popozões para escrever mentiras sobre ela. Ela gostou tanto da palavra que, há cerca de um mês, encomendou uma música para o seu programa. Por enquanto, os versos “Só tem popozuda/Bate na palma da mão/ Vai mexendo o popozão”, do cantor Sandro Mora Mal, estão sendo ouvidos como vinheta no programa Planeta Xuxa. Em breve, a música será gravada.
Até o rock’n’roll se rendeu à popozuda. O grupo gaúcho DeFalla, radicado no Rio, fez a sua Melô da popozuda. Segundo Edu K, vocalista da banda, a trupe conheceu a música nos bailes do Rio e logo quis dar a sua cara para a nova gíria. “Nos bailes funks, popozuda se tornou um grito de guerra”, conta Edu. O cantor tem uma explicação simples para o sucesso da palavra. “No Brasil, todo mundo gosta de rebolar. Todo mundo sabe que somos o País das popozudas.”