O ministro do STF Marco Aurélio assumiu na quinta-feira 19 a relatoria do inquérito sobre o envolvimento de políticos e servidores no esquema de corrupção na área de trens e metrô em governos tucanos de São Paulo. Caberá a ele aceitar ou não o prosseguimento de uma investigação da Polícia Federal com dez suspeitos – entre eles quatro deputados federais. Seus nomes foram citados por Everton Rheinheimer, ex-dirigente da empresa Siemens. Em julho ISTOÉ publicou, com exclusividade, denúncias do executivo sobre pagamento de propina a políticos ligados ao PSDB e servidores públicos do Metrô e da CPTM. Entre os beneficiados aparecia Nelson Carvalho Scaglione, gerente de manutenção do Metrô. Ele foi exonerado pela estatal na terça-feira 17. Acumulou a sua função com a de sócio da Façon, uma das empresas envolvidas com as obras da linha 2-Verde investigadas por suspeita de superfaturamento.