15/03/2000 - 10:00
A hora do pesadelo, nos anos 80, e os recentes Pânico e Pânico 2 consagraram o diretor americano Wes Craven como midas do terror-juvenil. É de estranhar, então, ver seu nome à frente deste drama lacrimoso que garantiu a Meryl Streep sua 12ª, e merecida, indicação ao Oscar de melhor atriz. Para espanto, Craven se saiu muito bem. É quase impossível não se comover com seu filme, centrado na luta da professora de violino Roberta Guaspari (Meryl), personagem baseada na vida real. Depois de ser abandonada pelo marido, Roberta resolve colocar em prática um sonho. Quer difundir o ensino do violino. Vai parar no bairro barra-pesada do Harlem, onde é extremamente hostilizada. Histórias semelhantes já foram contadas, mas, justiça seja feita, raras vezes com tamanha eficiência. Quando a luz do cinema acender, é só conferir os olhos marejados. (C.F.)
Vale a pena
