Desmentindo as notícias de que Bloodflowers seria o derradeiro trabalho de sua banda, o vocalista Robert Smith foi taxativo. Disse que o 13º álbum do grupo inglês é tão bom que poderia mesmo ser o último. Arrogância à parte, o descabelado Smith não estava blefando. É o melhor disco do The Cure em mais de uma década. Bloodflowers faz lembrar os ótimos Pornography e Desintegration, lançados na década de 80, quando o seu som melancólico era vendido sob o rótulo tolo de rock gótico. Longe da leveza pop de seus CDs mais recentes, o vocalista destila tristeza em nove belíssimas canções, provando que o rock é imbatível quando feito com paixão. (I.C.)