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Condenado a sete anos e dois meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o deputado federal Pedro Henry (PP-MT), se entregou à Polícia Federal (PF), em Brasília (DF), e renunciou ao mandato, na tarde de hoje(13).

Henry é o 17º preso dos 25 condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão, em que o STF julgou o esquema de desvio de recursos públicos usados para a compra de apoio parlamentar a projetos de interesse do governo federal.

A renúncia protocolada na secretaria da Mesa da Câmara dos Deputados suspende a reunião agendada para a próxima quarta-feira (18) quando o colegiado  decidiria sobre a abertura do processo de cassação do deputado. De acordo com assessores da Casa, a carta de renúncia será lida na primeira sessão da segunda-feira (16), mas o pedido já foi registrado e considerado como oficial pela Câmara. Após a leitura da carta de renúncia e a publicação no Diário Oficial, o empresário Roberto Dorner (MT) assumirá o mandato de Henry.

A prisão de Henry foi autorizada na manhã de hoje pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e o mandado de prisão foi encaminhado para a Polícia Federal. O mandado foi expedido depois que a Corte negou o recurso apresentado pela defesa do deputado, que pedia redução de pena. Os ministros do STF consideraram o pedido um instrumento “meramente protelatório" da sentença.

A decisão pela renúncia foi tomada hoje, segundo assessoria do ex-deputado. Outros dois ex-deputados condenados no mesmo processo, José Genoino e Valdemar Costa Neto, também renunciaram, evitando o processo de cassação.