02/05/2008 - 10:00
Está chegando a hora dos 17 milhões de habitantes de Pequim terem que se espremer mais um pouquinho. A menos de cem dias do início da Olimpíada, a capital chinesa está praticamente pronta para ser invadida por turistas ávidos por acompanhar as competições ou, pelo menos, participar das celebrações e 
sentir o clima olímpico nas ruas da cidade. Segundo estimativas do Bocog, o comitê organizador dos Jogos, passarão pela capital durante as duas semanas do evento, que começa no dia 8 de agosto, cerca de três milhões de visitantes. Quinhentos mil deles serão estrangeiros, que terão como principal porta de entrada o novíssimo terminal três do aeroporto de Pequim. Com um milhão de metros quadrados e três quilômetros de extensão, é o maior terminal aeroportuário do mundo, além de ser a obra de infra-estrutura mais cara construída para o evento esportivo: inaugurado em março, custou US$ 3,65 bilhões.
“O novo aeroporto é sensacional, algo de outro mundo. E o povo chinês está ansioso pela chegada dos visitantes. Eles querem causar boa impressão: as ruas nunca estiveram tão limpas, tão floridas”, diz Sokan Young, diretor da agência China Tur, que acaba de voltar de Pequim. Nas últimas semanas, a prefeitura da cidade terminou de traduzir para o inglês quase 14 mil placas de suas ruas, praças e monumentos mais populares. Paralelamente, a Secretaria de Turismo da cidade divulgou uma tradução-padrão para o inglês de 2.753 pratos e bebidas comuns aos restaurantes chineses.
Para completar, a rede hoteleira de Pequim, que nos últimos dois anos ganhou 350 novos hotéis (12 dos quais classificados como cinco-estrelas), já está apta para operar em sua capacidade máxima. Cerca de mil famílias serão selecionadas para receber em suas casas os turistas que não encontrarem lugar – ou não estiverem dispostos a pagar pelo ágio de até 1.000% nos preços cobrados – nos principais hotéis da cidade. Uma diária em hotel cinco- estrelas, que normalmente sai por US$ 200, custará pelo menos US$ 1 mil na época dos Jogos.
