Amira Lépore é uma brasileira que morava em São Paulo e, há 17 anos, perdeu tudo o que tinha. Viúva com cinco filhos, um deles adotivo, foi morar de favor na casa de amigos no Rio de Janeiro. Com poderes mediúnicos, passou a viver deles no Rio. Amira, a simpática senhora da capa desta edição, hoje vive em Long Island, Nova York, onde recebeu o editor Mário Simas Filho e o fotógrafo Alcir N. da Silva, a quem contou, com orgulho, o seu sucesso como mãe-de-santo (ela declara, à atenta Receita Federal americana, que ganha mais de US$ 400 mil por ano).

Simas, um católico não-praticante de 39 anos, que diz ver com reservas o espiritismo e as chamadas coisas do Além, conta que, depois de dois dias convivendo com Amira, ela pediu para ler sua mão. Perguntou quem era Helena, pessoa muito próxima dele, mas que não estava mais neste mundo. "Respondi que era minha avó paterna", lembrou Simas. "Após alguns segundos, ela disse que no hall de entrada da casa de minha mãe, à direita de quem chega, há uma antiga máquina de costura", continuou o editor.

"Sua avó era muito ligada nesta máquina e não gosta que ela fique ali", afirmou Amira. "Ela quer a máquina de costura no quarto que ocupou naquela mesma casa", acrescentou. Simas se espantou com a história: "Minha avó era costureira e trabalhava naquela máquina, que realmente está postada do lado direito do hall de entrada da casa de meus pais. Mais que isso, minha avó passou seus últimos anos de vida naquela mesma casa, onde ocupava um quarto."

A história de Amira, contada por Mário Simas, que diz continuar olhando o espiritismo com reservas, está à pág. 116.