O general francês Paul Aussaresses foi um criminoso contra a humanidade – e até a sua morte, na semana passada, ele legitimou a tortura. Viveu longos 95 anos e teorizou sobre as mais diversificadas técnicas de sevícias. Tudo começou quando se alistou no serviço secreto francês em 1941, na época em que o nazismo ocupara o seu país. Depois serviu na Indochina como chefe de um batalhão de paraquedistas destacado em 1957 para chefiar a missão que esmagaria os nacionalistas revoltosos na Argélia. Ali o general Aussaresses comandou o “esquadrão da morte” utilizando todos os tipos de tortura. Sua psicopatia pode ser vista com riqueza de detalhes num clássico do cinema: “A Batalha de Argel” (1966). Falando-se em tortura, durante a ditadura militar no Brasil, quando Emilio Garrastazu Médici era presidente em 1973, o general torturador foi nomeado adido militar da França no País. Aqui ele teria ensinado a oficiais chilenos e de outros países da América Latina as técnicas da batalha de Argel.


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