Passados quase dez anos da morte do líder palestino Yasser Arafat, uma equipe de peritos suíços, franceses e russos divulgou os laudos necroscópicos que elaboraram sobre as causas de seu falecimento. Segundo o relatório de 108 páginas, há pelo menos 83% de possibilidade de que Arafat tenha sido envenenado com a substância radioativa polônio-210 – utilizada em bombas nucleares e, quando presente em excesso no organismo humano, causa a coagulação do sangue nas regiões arteriais e consequentemente a morte. Segundo os peritos, no corpo de Arafat havia uma concentração dessa substância 18 vezes maior do que é tolerável. Um dos mais famosos casos de envenenamento por polônio foi o da morte em 2006 do espião russo Alexander Litvinenko.