Homem de rocha é a tradução literal do inglês para a competição esportiva que vai reunir alguns dos melhores atletas de sete modalidades esportivas no Rio de Janeiro, na sexta-feira 8 e no sábado 9. No Rocky Man 2013 estarão 20 equipes de homens e mulheres que terão de demonstrar firmeza de pedra para enfrentar os desafios propostos. Na prova de corrida, por exemplo, será preciso sair do asfalto e subir as montanhas para realizar o percurso, que totaliza 23 quilômetros (feminino) e 28 quilômetros (masculino). O mesmo tipo de circuito será feito pelos atletas do mountain bike. Os times também terão que mostrar seu talento no surfe, na escalada e no stand-up paddle, além de correr dez quilômetros e remar nas águas da Praia Vermelha. Verdadeiros reis da aventura estarão presentes na competição, que está em sua segunda edição. Caso da alemã radicada nos Estados Unidos Stevie Kremer, campeã mundial da Sky Series em outubro, do surfista carioca de grandes ondas Pedro Scooby, do ciclista catarinense Ricardo Pscheidt, tricampeão brasileiro de mountain bike, e do corredor americano Mike Kloser. A premiação soma US$ 31 mil ou R$ 68 mil.

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Atletas disputam a primeira edição, em 2012, Acima e abaixo: é a única competição
do País que concilia provas individuais e coletivas

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“O Rocky Man é uma prova multiesportiva, diferente de qualquer outra que exista. Nela, reunimos os melhores atletas de esportes outdoor do Brasil e do mundo, competindo em etapas duríssimas de suas modalidades específicas e também experimentando outros esportes nas etapas coletivas. Com isso, mostramos que o esporte de aventura e a natureza têm sempre algo novo a nos oferecer”, diz Caco Alzugaray, publisher da Editora Rocky Mountain. A prova também promove uma interação muito positiva entre esses atletas, que passam os dois dias de Rocky Man competindo divertindo-se e trocando experiências. “Também é uma ocasião única em que alinharemos os maiores nomes de cada modalidade. Raramente, eles estão todos reunidos numa linha de largada. Será emocionante!”, afirmou Alzugaray. Debora Liotti, diretora-executiva da Editora Rocky Mountain, que organiza o Rocky Man, ressaltou que o evento “é uma competição única no Brasil, por conciliar provas individuais e coletivas, mas se destaca também no circuito mundial de esportes ao ar livre por ser realizado numa cidade grande.” Este ano, participarão das provas cinco equipes estrangeiras – americana, espanhola, argentina, francesa e neozelandesa – que vão disputar com atletas de seis Estados brasileiros. “É um evento inacreditável. Meu sonho é ajudar a levar algo parecido para a América do Norte. Estamos indo para vencer”, diz o americano Paul Romero, vencedor no ano passado. Ele quer “repetir a dose” e conta com Kremer e o campeão mundial do Adventure Race, Mike Kloser, na equipe.

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O francês Laurent Garnier, radicado no Brasil há sete anos, diz que seus conterrâneos que estarão nas competições estão encarando o desafio como uma Copa do Mundo. “Nossos atletas já têm boa experiência na Europa, mas ainda não tinham viajado para a América do Sul. Aqui estarão os melhores de cada modalidade”, diz.  A brasiliense Bárbara Bomfim, que lidera a equipe espanhola, espera que, mais do que prêmios, o Rocky Man proporcione maior estímulo para a prática esportiva. “Esse evento vem para provar que, mesmo em uma cidade grande como o Rio, é possível praticar esportes de aventura ao ar livre com muita qualidade. Assim, não há desculpa para não treinar e competir”, afirma Bárbara, que vive na Espanha desde 2012 com o namorado, o corredor Urtzi Iglesias. “Muitas provas de aventura acontecem em lugares belíssimos, mas muito longe dos olhos do público. No Rio, é possível ter toda a beleza e a exuberância natural brasileiras, e ainda permitir que o público testemunhe a performance, o esforço e a superação de alguns dos melhores atletas do mundo. Isso é inspirador”, diz Alzugaray.  

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O surfista carioca de grandes ondas Pedro Scooby, acima, e a alemã radicada
nos Estados Unidos Stevie Kremer, campeã mundial da Sky Series,
abaixo: os melhores no Rio para o Rocky Man 

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O ápice da competição está previsto para a disputa com a canoa polinésia, cuja estrutura conta com um segundo casco paralelo para dar apoio. Será uma prova coletiva em que os atletas precisarão demonstrar entrosamento e também equilíbrio, fundamental diante do mar agitado da entrada da Baía de Guanabara. Diante do Pão de Açúcar só não vale afundar a embarcação, pois mesmo quem virar na água poderá retomar a prova. As equipes poderão fazer um treinamento na sexta-feira 8, à tarde, mas algumas pretendem chegar antes justamente para se preparar para esse desafio. “Na quinta-feira vamos passar o dia em Niterói, treinando”, afirma Garnier. Outro que aposta nas competições coletivas para fazer a diferença é o paulista Rafael Campos, líder da Quasar Lontra.“Como nossos atletas são de cidades diferentes, estamos treinando de dois a dois, mas na véspera vamos testar nossa coordenação.” O mais difícil, explica o capitão da equipe Brasília Multisport, Alexandre Carrijo, é montar uma estratégia para as provas coletivas, para que as feras da aventura trabalhem em sintonia. 


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