Roqueiros católicos ou ateus deliraram, mas o ídolo nada mais podia ver: Lou Reed já estava morto na segunda-feira 28 quando o ministro da Cultura do Vaticano, Gianfranco Ravasi, postou no Twitter parte da canção “Perfect Day”. Aos 71 anos faleceu Lou Reed, um dos maiores “ídolos do rock transgressor”. Reed gostava mais de drogas, álcool, travestis e prostitutas do que gostava de padre, mas Ravasi sempre amou “Perfect Day” assim como os seguidores do guitarrista adoram a música “Kill your Sons” na qual ele denuncia os eletrochoques aos quais foi submetido por ordem da família que pretendia “curar a sua bissexualidade”. Reed, americano nascido no Brooklyn, mas que se tornou símbolo de Manhattan, brotou estridente para a glória em 1964 com a mítica banda The Velvet Underground. Oito anos depois, arrepiou o planeta com seu primeiro trabalho solo, o clássico “Transformer”. Há seis meses ele teve de passar por um transplante de fígado, e em decorrência disso morreu nos EUA no domingo 27.