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CRIADOR
Croqui feito pelo próprio Christian Dior do modelo “Les Lilas”, que pertenceu à coleção de 1949
 

Os quase 70 anos da maison que revolucionou a silhueta feminina através do olhar romântico do seu criador, o estilista francês Christian Dior (1905-1957), serão contados em forma de ilustrações, croquis, fotos e campanhas que recheiam as 128 páginas do livro “Dior For Ever”, da historiadora de moda Catherine Örmen, lançado na quarta-feira 23 pela Larousse Editions. Em detalhes, a publicação explora os bastidores da primeira coleção, a “Corola”, de 1947. As passarelas foram invadidas por modelos com saias amplas abaixo dos joelhos, com até 30 metros de tecido, e cintura bem marcada. Diante das criações, Carmel Snow, na época jornalista da revista “Harper’s Bazaar”, decretou: “This is new look” (Este é um novo visual). Foi assim que nasceu a famosa silhueta batizada de New Look. “Dior mudou o paradigma da moda ao resgatar a feminilidade perdida nos tempos de guerra”, afirma João Braga, professor de história da moda da Fundação Álvares Penteado (Faap). Conhecido como Tailleur Bar, um casaquinho de seda bege, com ombros estruturados, e ampla saia preta plissada na altura dos tornozelos, o modelo tornou-se o símbolo dessa nova estética. A jaqueta Bar é um dos clássicos que a grife atualiza constantemente.

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Também é possível passear pelos símbolos da Dior, como as flores, que remetem à infância de Christian em Granville, ou as estrelas, que para o supersticioso estilista eram um símbolo de sorte, além de conhecer a história das suas peças icônicas, especialmente as fragrâncias Miss Dior e J’Adore, um dos perfumes mais vendidos no mundo até hoje. Há ainda um capítulo dedicado à it bag Lady Dior, chamada ChouChou até 1995, quando a princesa Diana fez uma visita a Paris e ganhou a bolsa de presente. O modelo foi renomeado e, em menos de um ano circulando nos braços de Lady Di, vendeu mais de 100 mil exemplares. Todos os estilistas que passaram pela grife, hoje comandada por Raf Simons – Yves Saint Laurent, Marc Bohan, Gianfranco Ferré, John Galliano e Hedi Slimane –, também têm a sua importância destacada pelo livro, à venda por 42 euros (cerca de R$ 127).  

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Fotos: Divulgação; Jean Jacques Ceccarini/EFE

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