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Manifestantes que protestam contra o leilão da área de Libra, na Barra da Tijuca, conseguiram romper a barreira que separava o ato do Hotel Windsor. Eles derrubaram grades e avançaram na direção do hotel. A Força Nacional de Segurança revidou com bombas de efeito moral e spray de pimenta.

Os moradores dos prédios próximos ao hotel aplaudiram os manifestantes, em sinal de apoio. Os ativistas quebraram tapumes de madeira e alumínio para usarem como escudo. A tropa avançou pela orla. Há pelos menos dois manifestantes feridos com estilhaços. Um deles, atingido na cabeça, foi socorrido numa ambulância.

A confusão começou com manifestante de perna de pau, que colocou o pé do outro lado do gradil, como provocação. Integrantes da Força Nacional ordenaram que ele recuasse, mas ele resistiu e foi atingido por jatos de spray de pimenta. Em outro ponto da grade, os manifestantes com bandeira de mastros longos avançaram até que o gradil caiu e houve a reação da Força. As bombas de gás lacrimogêneo assustaram banhistas, que correram do local.

Ferido

Um dos feridos com estilhaços de bombas de gás na manifestação desta segunda, 21, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, Irapoan Santos, da executiva do partido Pátria Livre (PPL), afirmou que a manifestação contra o leilão era pacífica até a ação de policiais da Força Nacional de Segurança.

"Estávamos fazendo uma manifestação pacífica. Alguns manifestantes estavam na grade e a Força Nacional achou que isso era suficiente para disparar bombas de gás e atirar balas de borracha. É uma atitude absolutamente antidemocrática", disse Santos, que ficou ferido na perna.

Ele foi socorrido por ativistas do Black Bloc."Essa atitude da polícia só inflama ainda mais os manifestantes e a situação poderá ficar muito tensa", disse. Cerca de 20 Black Blocs se agruparam e fazem um cordão em frente ao grupo. De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança, um policial da Força Nacional foi atingido por um pedra.