“Carrasco”, “nazista”, “assassino” é o que se ouviu onde quer que o corpo do ex-capitão da SS, o alemão Erich Priebke, tenha passado na última semana. E não foram poucos os lugares: desde que Priebke morreu em Roma, na sexta-feira 11, teve início uma saga a fim de encontrar um local para seu sepultamento. Não há cidade italiana que queira enterrar o ex-capitão e o caso já se transformou em um imbróglio internacional. Temendo que o túmulo vire ponto de peregrinação para neonazistas, a cidade natal de Priebke, na Alemanha, disse que somente moradores locais podem ser enterrados no cemitério. A Argentina, país onde ele viveu por 40 anos, também se recusou a receber o corpo. Até a manhã de sexta 18, o local para o descanso eterno do nazista ainda estava indefinido. Erich Priebke tinha 100 anos e cumpria prisão domiciliar em Roma desde 1998. Ele foi condenado à detenção perpétua devido ao massacre de 1944 nas Fossas Ardeatinas, quando 355 civis, entre eles 75 judeus, foram executados.