21/07/1999 - 10:00
O Arby’s encolhe para sobreviver
Fecha ou não fecha? O presidente do Arby’s, Guilherme Affonso Ferreira, explica o primeiro projeto para que a rede americana de fast food, especializada em sanduíches de rosbife, não sucumba de vez à crise brasileira: "Das 21 lojas próprias, devemos manter as seis ou sete mais rentáveis." Entre as que fecham, estão as cinco lanchonetes instaladas em lojas Wal-Mart. Já as três franquias – duas em Brasília e uma em Fortaleza – vão tomar a decisão por si mesmas. Os preços também foram reajustados em cerca de 16%, em meados de junho. "Quando decidimos virar uma cadeia pequena, mais segmentada, não fazia sentido segurar preços para ganhar mercado. Hoje vendemos menos produtos e temos menos clientes, mas o faturamento é maior", explica. "Nos últimos três anos, o McDonald’s tornou-se mais agressivo em preços. O tiro de misericórdia foi a crise cambial." A família Affonso Ferreira é dona da Bahema, revendedora de máquinas Caterpillar no Brasil. Também tem a Bahema Participações, com R$ 100 milhões pulverizados no Unibanco, Manah e Metal Leve. "Por causa do investimento no Arby’s, deixamos de ser mais atuantes em participações nos últimos cinco anos", diz Guilherme.
L I N H A D E P R O D U Ç Ã O
A televisão platinada
Entrando no quarto mês consecutivo de lucros, a Semp Toshiba lança em agosto uma nova linha de televisores com o gabinete totalmente prateado. Os novos aparelhos com 14, 20 e 29 polegadas seguem a tendência mundial dos eletroeletrônicos ficarem menos escuros, acompanhando as decorações residenciais em tons mais suaves. Para desenvolver o design metalizado, a Semp investiu R$ 1 milhão – outros R$ 2 milhões serão investidos no lançamento.
Querer ou não querer
A Inepar anunciou recentemente a venda de sua participação na Telemar ao banco Opportunity. Há cerca de dois meses, já havia se desfeito de sua fatia na empresa de banda B de telefonia celular da região Norte. Com isso, está arrumando dinheiro para ajudar a abater as dívidas do grupo. Mas esta semana a Inepar deu sinais de que não quer desistir da telefonia. O grupo procurou a Anatel e comprou o edital para o leilão da empresa-espelho da Tele Centro-Sul. A espelho, cuja venda em bloco não teve sucesso, será oferecida em pedaços. A Inepar, que pode entrar na disputa junto com uma operadora estrangeira, não quer dizer em qual deles está interessada.
