A mais justa das leis não coíbe, apenas por ser lei, o mais repugnante dos crimes – é necessário investir em educação e em campanhas contra a violência que possam modificar cultura e comportamento. Na semana passada, dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostraram que a chamada Lei Maria da Penha não foi suficiente para conter a violência contra a mulher, geralmente vítima de seu companheiro agressivo, alcoolista e covarde. O índice de assassinato de mulheres como produto da violência doméstica, a cada grupo de 100 mil, aumentou após a Lei Maria da Penha: em 2011 foi de 5,43 – era de 5,41 em 2001 (a lei é de 2006). “Um homem não vai deixar de matar uma mulher apenas porque existe lei”, disse a coordenadora do Comitê Latino-Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher, Ingrid Leão. “É necessário mobilizar a sociedade por uma cultura de não violência e uma educação não sexista.” 


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