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Podia ser Alice no País das Maravilhas. Mas será Luiza no país de Clarice. “Eu me senti meio Alice, mesmo”, diz Luiza Brunet. Entregue à direção de Luiz Fernando Carvalho, a musa eterna estreia em 27 de outubro a série “Correio Feminino”, quadro de oito capítulos dentro do Fantástico, baseado em crônicas de Clarice Lispector, assinadas pela escritora com pseudônimos. “Tenho certeza de que você é a atriz que eu preciso para este papel”, assim Carvalho demoliu as inseguranças de Luiza para viver a personagem, narrada na voz de Maria Fernanda Cândido. “Quando surgiu o convite, fiquei preocupada. Serei boa o bastante para um projeto como este? Essa foi a minha primeira reação. Mas a confiança dele em mim me fez quebrar as barreiras. Provei para mim mesma que podia fazer”, conta.
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“Chegava ao Projac despida de preconceitos e vergonhas enquanto era dirigida por ele. Estava feliz como uma criança de 5 anos. Essa experiência teve um valor enorme para mim. Atuar é difícil, mas gratificante. Tornou-se um desejo meu.” Na cena mais desafiadora, Luiza chorou diante do espelho. Sua personagem percebia as marcas do envelhecimento. “Minha personagem, como eu, é uma mulher madura. Dois filhos. Um casamento. Separação. Reconheci a mim mesma. Os problemas graves. O valor que tem a vida.” Agora, está ansiosa para ver o resultado. “Me senti tão viva que nem tenho mais medo da crítica. Já fui escolhida por Luiz Fernando.”