Filha do guitarrista e produtor Robertinho de Recife, criador do Bloco dos Cafajestes de Olinda, Pernambuco, Roberta de Recife deixou o Brasil pela primeira vez este mês para se apresentar no Montreux Jazz Festival, na Suíça. Aos 23 anos, a moça é cantora, sanfoneira e jurou botar para rebolar a platéia européia. "Vou cantar muita ciranda, frevo e embolada", anima-se. Ela está lançando seu segundo CD, com composições próprias, de Zé Ramalho e Geraldo Azevedo. O produtor, claro, é painho. "A coisa mais importante que ele me ensinou foi sua arte", diz a filha coruja.

 Desta vez a participação do Brasil no Festival de Jazz de Montreux 99 não acontece apenas nas noites dedicadas aos shows de música brasileira. O pôster oficial e todo o material promocional da 33ª edição do evento musical – um dos mais importantes do mundo – levam a assinatura do artista plástico pernambucano Romero Britto, 35 anos. Radicado há 12 anos em Miami, ele define seu estilo como novo-cubismo-pop, mas a crítica americana costuma considerá-lo tão exuberante quanto o Carnaval. "O clima do festival tem mesmo tudo a ver com a alegria que transmito em meus quadros", avalia.