Para quem acredita em superstições, o destino do navio Costa Concordia – que naufragou em uma sexta-feira, 13 em janeiro de 2012 – estava selado desde seus primeiros dias de vida. Durante o tradicional ritual de quebrar um champanhe no casco da embarcação, a garrafa manteve-se intacta. O desastre que colocou o navio na história foi um erro primário cometido pelo capitão Francesco Schettino, que levou a embarcação para águas rasas, causando sua colisão com rochas. Pouco mais de um ano e meio depois, uma megaoperação realizada na segunda-feira 16 rotacionou o navio para a vertical, primeira medida necessária para retirá-lo do local.

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“A parte mais delicada foi quando começaram a puxar o navio, porque o casco poderia se romper”, diz o engenheiro naval Carlos Padovezi, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), em São Paulo. Segundo o especialista, a engenharia envolvida é relativamente simples, mas a execução foi desafiadora por causa dos ventos e das ondas. O próximo passo é reforçar o lado danificado, para que a embarcação seja rebocada. Ainda não está definido para qual porto o navio será levado e qual estaleiro realizará o desmanche. O certo é que os engenheiros respiram aliviados, pois a parte mais complicada foi concluída com sucesso.

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