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O regime sírio pedirá um cessar-fogo, caso seja realizada uma nova conferência internacional, a chamada Genebra 2, declarou o vice-primeiro-ministro sírio de Relações Econômicas, Qadri Jamil, ao jornal britânico The Guardian, em entrevista publicada on-line nesta quinta-feira.

Segundo Jamil, o conflito entre o regime e os rebeldes chegou a um "impasse", e nenhuma das duas partes tem os meios para superá-lo. Ao ser perguntado sobre o que seu governo poderia propor na cúpula Genebra 2, o vice-premiê afirmou: "O fim da intervenção estrangeira, um cessar-fogo e o lançamento de um processo político de paz".

"Nem a oposição armada nem o regime são capazes de derrotar um ao outro. (…) Esse balanço-zero de forças não mudará por um bom tempo", disse Jamil na primeira indicação do governo de que não há maneira de vencer a guerra civil síria por meio das armas.

"Um fim à intervenção externa, um cessar-fogo e o início de um processo político pacífico de modo que o povo sírio possa desfrutrar de autodeterminação em internvenção vinda de fora e de um modo democrático", disse Jamil sobre o que os representantes de Assad pretendem reivindicar em Genebra II.

"O paradoxo, agora, é que os Estados Unidos estão tentando dar ao Conselho Nacional Sírio o papel de protagonista. Nós estamos cansados dessa visão monopolista", desabafou o ministro sírio em relação ao que Damasco considera ser a postura americana de conceder aos opositores a tarefa da construção de uma eventual Síria pós-Assad.