Há quatro anos fechado, o espaço onde foram encenados vários dos espetáculos importantes na capital paulista reinaugurou, totalmente reformado, no meio de junho. O idealizador do resgate é o ator Joaquim Goulartt, que divide o palco com José Germano Mello neste texto do espanhol Luiz Riaza. Em cena está o mito grego de Medéia, a feiticeira apaixonada que ajudou Jasão a conseguir o velocino de ouro e, depois de traída, estrangula os filhos que teve com ele. Como se trata de uma adaptação, fica no ar somente o mote da traição, perdido numa montagem de tom modernoso herdado de Gerald Thomas. Sua ex-mulher Daniela, aliás, é co-autora do belo cenário e dos figurinos. Goulartt e Mello revezam papéis. Suas atuações são corretas. Mas tudo se arrasta num texto pretensioso, sem apelo, que nunca deveria estar reabrindo um teatro. (A.R.)