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O ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid Muallem, aceitou nesta terça-feira a proposta russa de colocar o arsenal de armas químicas do país sob controle internacional, informa a agência de notícias russa RT.

"Ontem, nós tivemos uma rodada muito frutífera de negociações com o ministro do Exterior russo, Sergei Lavrov, e ele nos apresentou uma iniciativa em relação às armas químicas. Ainda durante a noite, nós aceitamos a iniciativa russa", disse Muallem. Segundo o ministro sírio, o acordo tem o objetivo de "retirar os fundamentos para uma agressão americana".

Na segunda-feira, Moscou anunciou que propôs a Damasco colocar suas armas químicas sob controle internacional para evitar ataques americanos contra o regime de Bashar al-Assad, que os países ocidentais acusam de ter cometido um ataque químico em 21 de agosto perto da capital síria.

Em resposta à proposta, o premiê britânico, David Cameron, cobrou que Rússia e Síria demonstrem serem genuínas as intenções do presidente sírio, Bashar al-Assad. "O ônus está agora sobre o governo russo e o regime de Assad para levar adiante de uma forma que demonstre que a iniciativa é uma oferta genuína e séria", disse um porta-voz de Cameron nesta terça, acrescentando que muitas perguntas continuam sem resposta.

Na mesma linha, a União Europeia (UE) disse ter recebido "com interesse" a proposta. "Toda proposta que possa reduzir a violência na Síria é bem-vinda e estamos dispostos a ajudar no que for", declarou Michael Mann, porta-voz da chefe da diplomacia europeia Catherine Ashton. "A UE sempre está disposta a ajudar no processo de paz, mas temos primeiro que conhecer os detalhes da proposta para saber se é séria e se pode ser aplicada", acrescentou.

Na segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, considerou "potencialmente positiva" a proposta da Rússia.